segunda-feira, 4 de junho de 2012

Não há nada melhor que o Facebook na web, dizem usuários

É bem possível que os investidores do Facebook estejam desapontados. Porém, os usuários dessa rede social estão interagindo mais do que nunca, de acordo com uma nova pesquisa divulgada em maio, pela Needham&Co. Além de seu gigantesco público, superior a 900 milhões de usuários, o tempo gasto durante o acesso à rede tem sido um dos fatores decisivos para os anunciantes.

Ao analisar 100 usuários do Facebook de diferentes lugares do mundo, a pesquisa constatou que o tempo médio gasto na rede varia de 20 minutos à uma hora por dia. Isso garante, no mínimo, cerca de 10 horas por mês – resultado superior à média de 7 horas e 9 minutos estimada para os usuários em março, em uma pesquisa da Nielsen.

O estudo da Needham ainda revela que 60% dos entrevistados declararam usar mais o Facebook quando comparado há um ano. O restante se dividiu entre os que usam menos (30%) e aqueles que utilizam com a mesma frequência do ano passado.

Ao serem questionados sobre os aspectos os quais eram mais atraentes no Facebook, os entrevistados citaram três atributos principais: comunicação, onipresença e entretenimento. De acordo com a pesquisa, o que os agrada, especialmente, é ter contato com a família e os amigos, encontrar pessoas com interesses similares, matar o tempo, encontrar conteúdos interessantes ou divertidos, além de jogos e vídeos.

Mas o que as pessoas não gostam no Facebook? A pesquisa revela que os critérios negativos são: os riscos de segurança potenciais, a ideia de que a rede ganhe dinheiro vendendo informações pessoais dos usuários às empresas, os perfis falsos e o fato de terem suas atividades monitoradas.

Quando indagados sobre a existência de um outro serviço melhor que o Facebook na internet, a maioria dos entrevistados disse “NÃO”. Entre aqueles que informaram outros serviços, o “Google” e o “Twitter” foram os mais citados, seguidos pelo “LinkedIn”, “Last.fm” e o “Pinterest”.

Além disso, 9 em cada 10 entrevistados classificaram o Facebook com nota superior à cinco em uma escala de 1 a 10, sendo que a maioria avaliou entre 6 e 7. No entanto, cerca da metade afirmou que sua avaliação neste último ano caiu, indicando que, para muitos, o envolvimento com a rede já não é mais o mesmo. Quase dois terços da amostra utilizada pela Needham eram usuários norte-americanos, 25% asiáticos e 12% europeus, com a média de idade de 32 anos. Há de se levar em conta que uma amostra com 100 usuários é extremamente pequena para um serviço com quase 1 bilhão de usuários.

Hoje o uso do Facebook representa 14% do total de tempo gasto na Internet, o que sugere uma receita potencial de 14 bilhões, sendo 6 bilhões somente nos Estados Unidos (em 2011, a receita do Facebook foi de 3,7 bilhões).

A pesquisa da Needham conclui que o Facebook resolveu as duas questões mais difíceis ao se construir um negócio: a adoção por parte do usuário e a relevância , com a monetização – a peça que faltava nesse quebra-cabeça.

Entre os riscos de investimentos associados ao Facebook citados pela pesquisa, foram destacadas as questões relacionadas à privacidade, fator já exaurido pelos usuários, a falta de monetização em dispositivos móveis e a falta de uma medida padrão para mensuração das campanhas publicitárias no site, destacada pela recente decisão da General Motors de retirar U$ 10 milhões em publicidade do Facebook.

Apesar do fracasso do IPO (abertura de capital) da empresa e a subsequente queda no preço das ações – de U$ 38 a U$ 32, os analistas da Needham estipularam em U$ 40 reais o preço-alvo das ações para os próximos 12 meses, de acordo com o potencial de receitas do Facebook. Apenas ¼ dos entrevistados pela Needham afirmaram que iriam tentar comprar ações do Facebook após o IPO.

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